quinta-feira, 22 de maio de 2008

Eu e tu...não dá [Capítulo 18]

Vidente: Os meninos namoram há quanto tempo?
Nicky: Nós...
Tom: Não namoramos.
Vidente: Porque não?
Tom: Porque...porque...e porque sim?
Vidente: Vocês são o amor verdadeiro um do outro. Tudo o que vocês procuraram está dentro um do outro.
Nicky: Quem?
Vidente: Vocês devem ficar juntos, se querem ser felizes.
Tom: Devemos?
Vidente: Devem. Se assim o fizerem, serão felizes...para o resto das vossas vidas.
Nicky: Ok, Tom. Vamos dar de frosques!
Tom: O quê? Agora?
*Tom segurou a minha mão como que para eu não me ir embora. Ficámos ali mais um pouco*
Tom: O que nos vai acontecer no futuro?
Vidente: Depende do que decidirem agora. Se ficarem juntos, como já disse, serão felizes. Quem sabe, terão filhos.
Nicky: Filhos? Eu? No way!
Vidente: Isso diz a menina. Se fosse um filho dele, não se importava pois não?
Nicky: Eu...
*Tom sorriu para mim*
Vidente: Menina, não se engane a si própria. Você sabe que ele a ama tanto como você o ama a ele. As respostas estão dentro de si. Você terá de admitir a verdade a si própria e encará-la, para depois então, aceitá-la.

(...)

Eu e o Tom pagámos, despedimo-nos e saímos.
- Aquilo foi demasiado estranho! - disse eu, assustada.
- Ela tem razão...
- O quê?
- Nós temos de ficar juntos.
- O quê? Olha, onde está o pessoal?
- Achas que eu quero saber deles agora? Estou aqui, contigo, e uma vidente acabou de nos dizer que devíamos ficar juntos. Até alguém que não sabe de nada, nos diz que devemos ficar juntos. Porque que é que andamos a evitar o inevitável?
- Deixa-me sentir preparada, já te pedi isso. Vamos procurar o pessoal.
Encontrámos o resto do pessoal e preparámo-nos para ir embora. Mais um concerto...
Dia seguinte, partimos para o Reino Unido. Íamos dar um concerto em Londres. O pavilhão era óptimo e como sempre, tínhamos imensos fãs. Tanto os Tokio Hotel como as Sweet Sorrow.

(...)

Passados dias, no Reino Unido...eu e o Georg apanhámos uma bebedeira! Entrámos no autocarro a cambalear aos zig-zags e a cantar "Knock, knock, knocking on heaven's door". A Bea, parva como é (mas até foi giro), gravou tudo! Entrámos abraçados no autocarro, a cantar, a andar de lado...o Tom viu-nos naquele estado e desatou a rir. A Roxy ficou chocada.
- Nicky! - exclamou Tom. - Olha para ti!
- Espera, espera! Também tenho uma música para ti! - exclamei eu - "I can't stop loooooviiing youuuuu..."!
Depois desatei-me a rir, descontroladamente.
- Nicky, tu não estás bem! Nem andas a direito! - ralhou Roxy.
- Ando sim! Queres ver?
E lá comecei eu a andar aos zig-zags...e caí...o Tom apressou-se a levantar-me. Fitei os seus olhos.
- Tom, preciso de falar contigo. - disse-lhe.
- Anda lá para cima. - respondeu-me ele.
Pegou em mim e levou-me ao colo para a minha cama, onde me deitou. Sentou-se ao meu lado.
- Tom, eu tenho medo de me relacionar contigo, porque sofri muito. Estás farto de saber isso, e eu também. Mas eu amo-te muito e mais que tudo. E já é assim há muitos anos.
- Nicky, toma um banho e amanhã falamos, quando estiveres melhor.
- Não! Eu estou bem. Eu bebi, mas eu sei o que digo!
- Não, não sabes!
- Sei, sim! Tu é que não sabes nada! Eu amo-te, Tom. Eu amo-te! - gritava eu, a chorar. Ele agarrou-me os braços e sacudiu-me.
- Nicky, pára! Olha para mim!
Parei e olhei-o nos olhos. Percebi que os seus olhos me olhavam com desejo, assim como os meus o olhavam a ele com o mesmo desejo.
- Tu não estás bem, Nicky. Amanhã falamos, ok? - perguntou ele, bastante sério.
- Espera...
- O que foi?
Sem pensar, beijei-o. Jamais faria aquilo no meu perfeito estado de consciência, mas andava a adiar aquilo há muito tempo. Depois de alguns segundos, ele quebrou o beijo e saiu disparado do quarto, sem dizer mais nada.

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