- Amor...sabes o que podias fazer ao teu amorzinho? - disse Tom, enroscado a mim. Eu estava sentada no sofá e ele estava deitado. Eu tinha as costas encostadas ao braço do sofá e ele estava deitado, entre as minhas pernas, com as suas costas no meu tronco e a sua cabeça no meu peito. Tínhamos uma manta por cima de nós, pois ele estava com um pouco de febre.
- Que queres? - perguntei, revirando os olhos e suspirando. Tom aproveitava-se imenso do facto de estar doente para eu lhe fazer as vontades todas.
- Quero outra fatia do teu bolo de chocolate, já agora com leitinho, se faz favor...olha acho que o tremómetro apitou - disse ele.
- E o cu lavado com água de Malvas, não? Tom Kaulitz, tu já não tens febre! - reclamei eu.
- Oh, Ni, cunhadinha...então traz para mim! - pediu o Bill do outro sofá.
- Pede à Amy! - reclamei eu.
A Amy era a nova namorada do Bill. Eles amavam-se muito. Era engraçado saírmos a quatro. Assim o Bill já não fazia de vela! Morávamos os quatro numa casa linda, uma vivenda. Agora, eu tinha 19 anos e o Tom 24. O Bill, como é óbvio, tinha idade do Tom e a Amy tinha 21 anos. Eu era a mais jovem ali, mas não fazia diferença nenhuma.
- Amy, amor, vai buscar-me um pedaço do bolo da Ni, vais? - pediu ele, com ar de cachorrinho abandonado.
- Vou, amor. Oh, coitadinho! O Bill ainda tem febre! - disse ela. Acariciou a cara de Bill e levantou-se para ir buscar o bolo.
- E tu, Ni? Vais buscar para mim? - perguntou o Tom.
- Não. Tu não tens febre. Faz-te bem andar. Levanta o furo do sofá e vai buscá-lo! - reclamei eu, para o provocar.
- Opá! Ainda roubo a namorada ao Bill! Ao menos ela é carinhosa e delicada com ele! - reclamou Tom.
- Mas nós fazemos mais sexo que eles - disse eu. Bill olhou de súbito para mim, espantado. Tom mandou uma gargalhada daquelas. - Hey, estou a brincar, cunhadinho!
- Ah, estava a ver... - disse Bill, ainda indignado.
- Mas pronto, eu vou-te buscar o bolo, só porque te amo muito, meu c*brão - disse eu, levantando-me para ir buscar o bolo.
- Oh, obrigada! Também te amo, minha vaquinha boa!
Cheguei à cozinha, onde estava Amy a tirar um guardanapo, a preparar-se para levar o bolo ao Bill.
- Já agora espera por mim - pedi eu.
- Ah, ok - respondeu ela.
Enquando cortava o bolo, notei que ela estava um pouco cabisbaixa.
- Que tens, Amy? - perguntei-lhe.
- Sabes, eu... - permaneceu em silêncio - Nada, esquece...
- Começas-te, acaba. Somos grandes amigas, passamos o tempo todo juntas, vivemos juntas...é mais que óbvio que podes contar comigo.
- Tipo...isto é uma parvoíce.
- Parva és tu. Continua.
- Eu...estou com um atraso...
- Atraso? O quê? No período?
- Exactamente.
- Então não é nada uma parvoíce! Podes estar grávida!
- Ssh, fala baixo! Eu sei...mas eu já fiz um teste e deu negativo.
- Amy, quando um teste dá negativo devemos fazer outro. É que quando dá negativo, pode estar enganado. Só quando dá positivo é que é definitivo! Amanhã compramos outro teste e fazes. E se der negativo de novo, vais ao médico para termos mesmo a certeza.
- Obrigado pela ajuda, Ni.
- De nada, Amy. Sei que se fosse comigo também me ajudarias. Mas espera...tu e o Bill não tinha sempre imenso cuidado?
- Sim, mas Ni, nenhum método é 100% fiável. Tudo pode acontecer!
- Pois, eu entendo. E já pensaste se for positivo?
- Se for...eu encaro isso e tenho o filho. Mas tenho é medo da reacção do Bill.
- Meninas, vai demorar muito? - gritou Tom da sala.
- Espera lá, oh impaciente! - gritei eu de volta.
(...)
- Pronto, agora é esperar pelo resultado - disse Amy, sentando-se ao meu lado, tremendo.
- Tem calma. Já sabes, se for negativo, vamos ao médico.
Esperámos mais uns segundos e deu o resultado.
- E então? - perguntei.
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