Passaram-se dias, meses, anos até que se diga. Continuávamos unidos, sempre. Daniela e Gustav estavam juntos há 2 anos.
A nossa vida tinha passado por muitos momentos, uns bons outros menos bons, como tudo. Discutíamos, chegávamos a chorar de tanta raiva, mas tudo passou, os pedidos de desculpa e a maneira como fazíamos as pazes são maiores que qualquer grito. Lembro-me perfeitamente do dia em que estávamos as 4 na praia pois eles tinham dito para irmos lá ter e quando chegamos deparamo-nos com eles a tocarem para nos, a “Rescue Me”. E depois de tocarem sentaram-se ao lado de nos, numa toalha, a comer-mos e a namorarmos, quando de repente passa um avião, com uma fita atrás que dizia: “ Querem casar connosco? “. Todas deixamos cair uma lagrima, enquanto olhávamos nos olhos do nosso menino, claro qe respondemos que sim, e de seguida fomos até há água, entre beijos, sorrisos e muito mas mesmo muito amor.
Desde esse pedido, passou um ano tivemos tempo para organizar tudo, os convites os vestidos. O casamento ia ser no mesmo dia, todos. Tínhamos combinado para dia 29 de Junho, pois era uma data que dizia muito, a todos. O casamento ia ser em tons de verde-água e branco claro. Ia ser simples, mas muito especial, não íamos ter montes e montes de convidados, apenas o mais importante. O casamento ia ser na praia, onde tinha sido o pedido.
Os nossos vestidos eram todos diferentes, mas com algumas semelhanças, o meu era cai-cai, o da Rii cruzava nas costas, o da Daniela apertava-se em cima e o da Sónia tinha as duas alças. Mas os desenhos eram iguais, pequenas flores e estrelas verde-água e era branco, tínhamos todas véu e os ramos eram iguais.
Os rapazes iam de fato, o do Tom era o maior, pois claro, e sim ia de boné. De resto iam todos de fato, não adiantaram muto pois só os íamos ver no dia do casamento.
Eu era madrinha da Rii e ela minha. A Sónia da Daniela e a Daniela dela. Os padrinhos eram os rapazes, estava assim tudo combinado apenas entre nós. Os convidados eram apenas os familiares mais próximos, 2 ou 3 amigos, e uma revista.
Estávamos todos empolgados, não falávamos noutra coisa, era de facto um dia muito importante.
A lua-de-mel ia ser nas Caraíbas, 3 semanas, todos juntos.
Como o tempo passa depressa, parece que ainda ontem tinha conhecido verdadeiramente o Tom, e agora já estou há anos com ele. Estes tempos foram importantes, tanto para mim como para todos eles, aprendíamos uns com os outros, novas maneiras de encarar a vida, de chorar sem vergonha, de dizer um “amo-te” com sentimento mesmo. Pois antes eu dizia que amava o Tom, mas não. Só é amor verdadeiro, quando é partilhado, quando se aprende a viver com a pessoa, amor só é amor mesmo, quando começas a vive-lo com a ‘tal pessoa’. Agora digo que amo o Tom, e tenho a certeza que ele me ama, assim como o resto dos casais, pois o amor sente-se, e nota-se. Passamos o resto dos anos todos juntos, éramos o mais sagrado e importante, que tínhamos uns para os outros. Se alguem estivesse triste por algum motivo, não havia ninguém que não se preocupasse. Apenas um sorriso basta para fazer outra pessoa sentir-se bem. Lembro-me de todos os momentos com o Tom, do seu sorriso, da primeira vez que me disse que me amava, daquele dia em que estávamos os dois na estrada, chateados pela sua traição, e chorávamos nos braços um do outro. Da nossa maneira de fazer as pazes. Do seu olhar, quando acordava. De quando adormecia no meu colo, a carinha dele quando me queria pedir algo, o seu beicinho. Quando tocava para mim. De todos os nossos banhos juntos, as tardes na piscina, as noites em cima do telhado a fazer promessas de amor, há luz das estrelas. Da nossa maneira de fazer amor e acabar sempre com um enorme sorriso e um palavra bonita. Das nossas provocações, de ele me pegara o colo, e rodar-me fazendo-me gritar. Das nossas sessões de filmes. Lembro-me, com uma lagrima no canto do olho, e digo que o nosso amor é dos mais puro que há.
Tinha passado muito tempo mesmo, desde o dia em que o conheci, até hoje, que o vejo a meu lado, de fato e gravata olhando para mim como nunca, os seus olhos brilhavam para mim, sorriu-me olhou para o padre e soltou um grande “ SIM.”. Voltou o sue olhar para mim, ouvido o que o padre dizia, deixou cair uma pequena lagrima pela sua face esperando por ouvir da minha boca um sim. Sorri para ele, limpei-lhe a lagrima, olhei nos olhos do padre, com os meus cheios de lágrimas e gritei o mais alto que consegui “ SIIIIM.” Os outros já tinham feito os votos, e já estavam casados. O padre dizia as ultimas palavras, mas esperávamos ansiosamente, até que ele as diz. “ Pode beijar a noiva.” O Tom levanta-me o véu, as lágrimas caiam-me pela cara, ele limpa-as, beija-me intensamente, um beijo cheio de paixão. Os outros estavam-se a beijar tbm, olhei para a Rita e ela para mim, chorávamos as duas mas sorrimos uma para a outra, com o maior sorriso que tínhamos, um sorriso de “ eu disse-te que o nosso sonho se iria tornar real.”
Eles pegaram em nós ao colo e levaram-nos para a água, abraçaram-nos e apontaram para o céu, passou um avião mas desta vez dizia: “ Nos vossos braços é o nosso lugar. “
Tom olhou-me uma ultima vez nos olhos, beijou-me, depois abraçou-me e sussurrou-me ao ouvido, um “amo-te” que ecoou para sempre na minha memoria.
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