quinta-feira, 28 de agosto de 2008

We are together...Always - Capítulo 22

Enquanto a Cê e o Bill caminhavam pelas ruas da cidade, o Tom e eu dirigimo-nos até à casa dos gémeos, onde entrámos em silêncio. Estava localizada numa zona elegante da cidade, com pouco trânsito e movimentação nos passeios imaculadamente limpos. Assim que passei pela porta, apercebi-me de imediato que me encontrava num enorme hall, com alguns móveis e adereços de design moderno. Estava tão distraída que tropecei no tapete e quase derrubei Tom com a minha falta de equilíbrio.

-Ups. Desculpa.. Tom.. - Disse, tentando desculpar-me.

-Podes cair outra vez, se quiseres. - Respondeu, ele enquanto me ajudava a equilibrar.

-Hum.. podíamos era cair para outro lado, não? - Puxei-o para perto do sofá.

-Só se eu cair em cima de ti.

-Promete que hoje é ainda melhor. - Disse mordendo o lábio e afastando-me.

-Comigo é sempre a evoluir. - comentou ele presunçosamente enquanto me puxava para si de forma brusca.

Olhei-o com desejo, aproximei os meus lábios dele, mas não nos tocámos. Passei os lábios pelo seu queixo, subi um pouco, mas não deixei que se aproximassem demasiado. Queria deixá-lo com desejo, desejo por mim. Desejo por ter o que agora não queria que ele tivesse.

Os meus lábio tocaram levemente no lóbulo da sua orelha e fui mordendo levemente. Senti as suas mãos tocarem a minha cintura e puxarem-me ainda mais para perto dele.

A minha mão desceu até às suas calças. Puxei o cinto e deixei a minha mão caír para os seus boxers. Acariciei-o. Ouvi um pequeno gemido da parte dele.

Não queria ficar por aqui. E não fiquei. Tirei a mão dos seus boxers e subi pelas suas costas. As minhas unhas entraram em contacto com a sua pele. Num movimento, desceram e provocaram-lhe um prazer imenso.

Voltei a sentir as suas mãos, mas desta vez a puxarem o vestido castanho que tinha vestido. Tirou-o.

Num movimento rápido fomos tirando a roupa um ao outro. Acariciou a minha perna, que momentos antes tinha puxado para perto da sua cintura.

Já nada tínhamos vestido. Por entre carícias anteriormente quase realizadas, empurrei-o para cima do sofá. Coloquei-me em cima dele, com ambas as pernas bem posicionadas em relação a ele. Beijei-o, com sentimento e desejo. Um furacão de sentimentos pairavam no ar.

Agarrou as minhas ancas e entrou dentro de mim.

Juntámo-nos num só. Uma só alma. Num só movimento. Movimento esse que durou várias horas.

Dei por mim cansada, ainda com a respiração ofegante.

Tinha a minha cabeça por cima do seu peito enquanto desenhava pequenos círculos nos abdominais definidos do Tom.

-Então, foi ou não foi melhor? - perguntou presunçosamente, enquanto brincava com o meu cabelo desgrenhado.

-O melhor que já tive. - Disse mordendo o lábio.

-Eu disse que comigo era sempre a evoluir. - fez Menção de se levantar. - Vá salta, tenho de ir tomar banho.

-Calminha ai. És bom, sem exageros. - Gozei. Levantei-me e vesti a langerie.

-Como queiras... - Vou tomar banho. Pegou nas roupas espalhadas pelo chão e saiu da sala. Ouvi-o a subir rapidamente as escadas e bater com a aporta da casa-de-banho.



-Oh Bill.. - Disse a Cê com uma ponta de compaixão na voz, que fez Bill fitá-la, entristecido. - Deixa lá, eu também..

-Tu também? - repetiu ele, incrédulo.

-Sim eu também gosto de mim. -completou a Cê, rindo-se da cara dele. - Querias que fosse de quem?

-Que rude Cê. Escusas de brincar com os meus sentimentos parva. - Despenteou-a por completo e riu-se da situação.

-Tu tens sentimentos? - Fingiu-se chocada. - E eu que pensava que eras apenas um boneco insuflável com ar a menos!

-Sentimentos? EU? Claro que não. Cê... - Também se fingiu chocado.

-O que foi? - olhou para o sol, estava já a pôr-se. - Queres ir para casa?

-Nada nada.. Sim vamos.

-Nada não se afoga. - Bill, diz lá!

-Esquece Cê. Anda lá. - Puxou-a.

-Ou dizes-me ou mordo-te. - Ameaçou Cê, ando um passo na direcção dele.

-Então morde! Não digo! - Deitou a língua de fora a cê.

-Pois mordo! - Aproximou-se dele e pegou-lhe no queixo e mordeu-lhe as maçãs do rosto com alguma força. Quando o sentiu contorcer-se ela largou-o riu-se da cara de espanto e indignação que ele ostentava. - Queres mais?

-Quero. - Fez uma pausa. - Mas não é mordidelas.

Antes que a Cê pudesse sequer responder, ele inclinou-se, plantando-lhe um beijo suave nos lábios. Sem se aperceber muito bem do que fazia, ela aprofundou o gesto dele, deixando-se levar pela primeira vez em muito tempo

Quando finalmente se apercebeu do que estava a fazer, o seu cérebro começou a funcionar tão rápido que, por mais que quisesse, não conseguia bloquear os seus pensamentos e ideias. Exigindo a si mesma alguma rudez, afastou-o com um empurrão relutante mas ainda assim forte o suficiente para o afastar e quebrar o contacto.

-Não voltes a fazer isso, ouviste? - Bramiu, retomando em largas passadas o caminho para a casa dele.

-Até parece que não gostaste..-Disse revirando os olhos.

-A questão não passa por gostar ou não gostar. - Desconversou a Cê.

Desciam agora a larga avenida macadamizada em direcção à casa dos gémeos, alheios às pessoas com grandes casacos e pastas que por eles passavam, mirando com atenção a roupa excêntrica que Bill ostentava.

-Eu... quer dizer...- Cê não sabia mais o que dizer para evitar o dizer o que realmente pensava, mas felizmente não foi preciso. Quando Bill lhe lançou um olhar significativo em relação à sua pergunta, eles já tinham chegado à porta de sua casa.

-A tua sorte é que já chegámos -Concluiu ele, rodando a maçaneta. -Mas ainda vais falar, ah vais ,vais!

Entraram em casa e dirigiram-se à sala de estar. A Cê entrou em primeiro lugar e ficou chocada com o que viu. Não com a decoração moderna ou com a grande quantidade de adornos, mas sim com a Caról. Andava de um lado para o outro, em roupa interior e parecia não ter os ouvido a entrar.

-Caralho, Cárol veste-te, ‘tá aqui a cabeça de antena!

-ups.- sussurrei.

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