Ele estava ali, eu ainda não conseguia acredtiar. Eu respirava o ar dele e ele o meu, e eu sentia-me feliz por isso.
Eu gritava tanto, mas tanto por ele! E quando o Bill apresentou a banda e gritou o nome que mais me punha feliz em todo o mundo, eu quase que fiquei rouca de tanto gritar. Porém, não deitei uma única lágrima. Só conseguia sorrir e gritar, mas sabia que chorava muito por dentro, de felicidade, da felicidade mais pura.
Acabado o concerto, toda a gente se foi embora, e eu também ia, quando vejo que me falta alguma coisa.
- Não, eu não acredito.
- Que se passa? - perguntou a Diana.
- Não acredito.
- Mas não acreditas no quê, porra?
- Perdi a minha pulseira.
E depressa ela compreendeu. Era a minha pulseira favorita, tinha demorado 2 anos a conseguir completá-la, cada letra era mais importante que a outra. Para muitos podia ser uma simples pulseira, sem importância, mas para mim era o mais importante dos objectos.
Começei a chorar de pânico, não conseguia acreditar.Procurei pelo recinto inteiro do Pavilhão Atlântico, mas só encontrava os papelinhos da "By Your Side", muitas garrafas vazias e alguns dos papéis a dizer "Wir Sind Hier".
- Tem calma, Sónia... - dizia a Diana, também a tentar ajudar, procurando pelo chão.
Sentei-me no chão, escondi a cara entre os joelhos, e chorei. A minha pulseira estava perdida. Quem quer que tenha ficado com ela, era o meu pior inimigo.
Até que ouvi uma voz masculina. A Diana olhava para a frente, calada e estupefacta.
- Isto aqui é teu?
Virei-me e olhei. O meu corpo termia, as lágrimas estacaram, a minha boca abriu-se, de tão admirada estava.
Ele repetiu.
- Era disto que andavas à procura?
Eu raciocinei, fechei a boca e disse:
- Talvez. Deixa-me ver de perto.
Andei, a caminho dele. Os olhos verdes eram lindos, o seu cabelo liso voava à medida que avançava também.
Olhei para a pulseira, toda a tremer. Sim, lá estava ela: "Georg", com letras grandes e prateadas.
- Sim, é. Como a achaste?
- Mandaram-na para o palco. As raparigas que mandaram estavam a rir-se bué, do tipo "Não é nosso, mas tudo bem".
- Oh, muito obrigada. - disse eu, a chorar e a rir ao mesmo tempo.
- Não chores, pateta. Como te chamas?
- Sónia. Não vou dizer "e tu?" porque é escusado...
- Pois, mas eu sou o Georg. - e riu-se. - A tua amiga, quem é?
- É a Diana, a minha melhor amiga.
- Olá Diana.
- Olá. Não queres mostrar o meu cartaz ao Bill, pois não?
- Hm...venham comigo.
Eu e a Diana olhámos uma para a outra e rimo-nos mesmo muito. Isto era bom demais, mas era a verdade.
Entrámos num corredor, enquanto os empregados nos olhavam admirados.
Depressa entrámos no camarim, com o Bill, Tom e Gustav a olhar para nós.
- Rapazes, estas são a Sónia e a Diana. A Sónia é a dona da pulseira e a Diana estava com ela.
- Olá meninas. - responderam os outros três em coro.
- Então a Diana, quem é que perfere? Já sabemos da Sónia, mas tu... - disse o Bill, piscando o olho à Diana.
- És tu.
- Eu? Que bom, só tenho fãs lindas. Sim, tu és linda! - e sorriu para ela.
Eu olhava para aqueles dois e pensava "Aquilo vai dar caso..." e depressa fiquei triste porque sabia que nunca iria acontecer nada comigo e com o Georg.
Virei a cara para olhá-lo, mas ele virou a dele de repente, e pareceu ter ficado vermelhíssimo.
Estaria ele a olhar-me? Não, era bom demais. Não podia ter o rapaz da minha vida a olhar para mim. Já tinha sido um sonho ele ter falado comigo.
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