- Desculpe, menina. Foi a sua mãe que desmaiou, não foi? - perguntou a enfermeira.
- Sim - respondi, levantando-me.
- Ela teve só uma quebra de tensão. Já lhe demos água com açúcar e coisas doces e ela já está a estabilizar. Não queria muito comer coisas doces, mas teve de ser. Daqui a pouco já deve poder voltar para o pé de si.
- Obrigada. E o meu pai? Sabe alguma coisa dele?
- Não sei. Mas se me disser o nome dele, posso tentar saber alguma coisa.
- David Stuttgart.
- Ok, se souber de alguma coisa digo-lhe.
- Muito obrigada.
Sentei-me.
- Ele vai ficar bem, vais ver - disse Tom, pegando-me na mão.
Colocou a sua outra mão no meu pescoço e beijou-me a testa. Adorava quando ele fazia aquilo. Beijo na testa para mim, sempre foi sinónimo de respeito.
- Obrigada por estares aqui - agradeci.
- Não tens de agradecer, Engel. Acho que farias o mesmo.
Passou-se algum tempo e a minha mãe voltou para a sala de espera, acompanhada de uma enfermeira.
" Ups! Ela ainda não sabe quem é o Tom! ", pensei de súbito e fiquei aflita. " Ok, o importante é que ela esteja bem ".
Com a ajuda da enfermeira, a minha mãe sentou-se com calma ao meu lado.
- Como estás? - perguntei-lhe.
- Estou melhor. Foi só uma quebra de tensão, mas já estou bem. E o rapazinho é...? - perguntou fitando o Tom.
- Ah, claro... - engasguei-me. - Mãe, este é o Tom. Tom, é a minha mãe.
- Prazer - disse Tom.
- E ele está aqui porquê?
- Porque ele estava comigo ao telemóvel quando desmaiaste e veio porque ficou preocupado...
- Só isso?
- Não - suspirei e fitei o chão.
Levantei a cabeça e fitei Tom.
- Hey, diz-lhe tu, ela é tua mãe! - exclamou Tom, envergonhado.
- É o meu namorado - disse muito rápido.
- Porque não me falaste dele antes?
- Bem, as coisas são recentes. E era aquele rapaz com quem eu discutia até à semana passada...
- Ah, esse - disse a minha mãe sorrindo. - Bem a Vanessa tinha dito que ele era lindo.
Tom riu e agradeceu o elogio.
- Já sabes alguma coisa do pai? - perguntou a minha mãe.
- Não. Pedi à enfermeira que me dissesse alguma coisa sobre ele quando ela me veio falar de como estavas. Ela disse que não sabia nada e que ia perguntar. Olha foi aquela ali - disse, fazendo sinal a uma enfermeira que acabara de entrar na sala.
Curiosamente, a enfermeira dirigiu-se a nós.
- Bem, eu fui perguntar pelo seu pai, mas o médico disse-me que preferia ser ele a vir falar pessoalmente. - disse a enfermeira.
- Porquê? É grave? - perguntei.
- Não sei, menina. É melhor esperar que o médico venha.
- Ok. Obrigada.
A enfermeira afastou-se. Deixei-me cair para trás na cadeira e bufei. Fechei os olhos e respirei fundo.
Rapidamente veio um médico com as notícias.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
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