sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Loving you twice - Capítulo 11

- Conta-me tudo, estúpida! - exclamei pela milésima vez nesse dia.
Eu e a Vanessa tínhamos acabado de chegar ao quarto dela.
- Não há muito para contar, tipo... - tentou explicar ela.
- Não? - perguntei, frazindo a testa, batendo o pé e cruzando os braços.
- Não...opá! - começou a rir do nada.
- Vanessa! - abanei-a. - Pára de rir e conta-me!
- Opá, acalma-te! Tipo...eu e ele, como tu sabes, conhecemo-nos há bué tempo...e do género, começámo-nos a dar bem demais...não temos nada sério, não temos nada "não-sério"...temos alguma coisa, percebes?
- Aham - acenti. - Eu sabiaaa!
- Sabias o quê, Inês Stuttgart?
- Que tu gostavas dele, Vanessa Lippert.
- Deixa de ser parva... - disse, envergonhada.
- Se não gostasses vocês não estariam assim próximos como estão, duh.
- Sim, mas...ai! Fala tu de ti e do Tom!
- Não há muito para contar, tipo... - disse, corando.
- Não? - perguntou tendo a mesma atitude que eu quando ela me havia dito o mesmo.
- Pronto, eu e ele dávamo-nos mal, mas agora...agora as coisas são diferentes.
- O que aconteceu ao ódio e à raiva? - perguntou em tom de troça.
- Acho que no fundo nunca o odiei. Acho que sempre gostei dele...
- TU GOSTAS DELEEE! - berrou ela.
- Cala-te! Não...quer dizer, sim...quer dizer, mais ou menos!
- Pois, pois! Eu já conheço essa carinha!
- Conheces todas as minhas carinhas, Vanessa.
- Conheço-te bem demais - disse com um sorriso de orelha a orelha.
- Tipo, eu e o Kaulitz... - ia eu contar.
- Gostas dele, vocês estão juntos e ainda lhe chamas Kaulitz? - perguntou admirada.
- Queres saber o que tenho para contar ou não?
- Quero, quero!
- Eu e o TOM... - carreguei no nome dele, para provar a Vanessa que nem sempre lhe chamava Kaulitz. - Simplesmente damo-nos muito bem, sentimo-nos atraídos um pelo outro...
- Eu sabia que te sentias atraída por ele! Quem não fica atraída por aquele rapaz?
- Epá, e se me deixasses contar?! - perguntei, indignada.
- Desculpa, entusiasmei-me...
- Entusiasmas-te sempre, meu. Bem, continuando... - continuei a contar. - Eu e ele resolvemos as cenas que não estavam resolvidas e agora damo-nos muito melhor do que eu esperava.
- Só isso? - perguntou Vanessa, desiludida.
- Achas pouco para quem o odiava?
- Mas tu disseste que no fundo nunca o odiaste.
- Tu só me complicas o pensamento, Vanessa - barifustei, cruzando os braços.
- Pensei que era o Tom quem te dava a volta à cabeça e não eu - disse Vanessa em tom de troça.
- Ai é? Vê lá se não queres que chame o Bill para ele te vir dar a volta à cabeça a ti também! Estúpida...
Atirei-lhe uma almofada à cara e ali começou uma guerra de almofadas que foi interrompida pelo som do meu telemóvel a tocar.
Olhei para o ecrã e parei.
- Quem é? - perguntou Vanessa.
- Não sei, não conheço a número.
- Atende!
- Estou? - perguntei.

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