domingo, 6 de julho de 2008

Nos teus braços é o meu lugar - Capítulo 2

Quebrámos o beijo, olhei o nos olhos e ainda estavam vermelhos, os meus continuavam cheios de lágrimas, o Bill viu as nossas caras e ficou confuso. Levantei-me e fomos para casa, o Bill ia a frente lado a lado com o Tom, eu ia atrás deles, ainda a chorar ao mesmo tempo que pensava em tudo o que tinha vivido com ele, no último ano, olhei para o telemóvel para ver as horas, e reparei na data, era dia 29 de Junho, fazia hoje um ano que tinha estado com ele pela primeira vez, chorei ainda mais, fui a correr e parei mesmo no meio dos gémeos, e mostrei-lhes a data, o Bill sorriu e disse:
-Que fofo, foi aquele concerto tão especial. Especialmente para vocês, foi onde se conheçeram.
Olhei para ele e ele para mim, voltei a correr para casa, lavada em lágrimas, deitei-me na nossa cama, e chorei, chorei muito, até que a porta da sala bate, levantei-me rapidamente, despi-me, vesti uma camisola dele, sentia-me bem com as camisolas dele, fazia me sentir ao pé dele, e pensei no que ele me tinha feito, tinha beijado outra rapariga, vinha em todos os jornais. Chorei outra vez, sentei-me no chão a chorar, com a cabeça nos joelhos, abrem a porta, era ele, sentou-se ao pé de mim e disse:
- Desculpa, mais uma vez, sou parvo, a ultima coisa que queria era perder-te pela segunda vez, eu não consigo estar longe de ti, Catarina, desculpa-me… e começou a chorar. Não eu não devia estar a ver o Tom, o Tom Kaulitz a fazer aquilo, oh meu deus, será que ele gostava mesmo de mim? Fiquei imóvel, quando ele se chegou a mim, encostou a sua boca a minha orelha e disse: Deixa-me te provar que estou arrependido, e beijou-me o pescoço, senti um arrepio percorrendo-me a espinha, virei-me e abraçei-o, voltámos ao mesmo, sentados, abraçados. Ele disse-me ao ouvido:
-Nos teu braços é o meu lugar… Parei, fiquei petrificada, era isso que eu tinha pensado quando estávamos na rua, abraçados, sem pensar beijei-o, até o fazer cair no chão de costas, comigo em cima dele, e ficámos ali a beijar-nos, mais nada interessava naquele momento, era ali que eu queria estar, e ele também. Mas quebrei o beijo, por muito que me custe não o ia perdoar outra vez, ele não tem emenda, já não é defeito é feitio. Levantei-me e fui para a casa-de-banho, despi-me e entrei na banheira, deixei a água correr, sobre mim, queria que aquilo fosse apenas um pesadelo, que ia acordar com ele a meu lado, sem nada de traições. Até que alguém bate a porta, pensava que era a Daniela, a empregada.
-Quem é? – Gritei eu da banheira.
- Posso? – Era uma voz grossa, masculina, a do Tom.
- O que queres?
- Tomar banho, posso? – Disse ao mesmo tempo que se riu. Puxei a toalha, enrolei-me nela e sai da banheira.
- Podes, ‘tás a vontade. – Ia a sair do casa-de-banho, quando ele me agarrou pela cintura.
-Anda comigo! - E beijou-me na cara, suavemente. Tirei-lhe os braços da minha cintura.
- Não pensas que fica tudo bem, toma banho e depois anda falar comigo.
Fui para o quarto, deixei cair a toalha, pensava que ele estava a tomar banho, pois ouvia-se a agua a correr, até que me dirijo ao armário para trocar de roupa, e vi-o na entrada do quarto, a olhar para mim e a mexer no seu piercing, oh meu deus, só me apetecia, abraça-lo e beija-lo, mas não, apressei-me a chegar a cama e apanhei a toalha e voltei a enrolar-me nela.
- Não é nada que ainda não tenha visto – riu-se.
-Pois lá isso é verdade, mas vá, não ias tomar banho?
- Sem companhia não tem piada.
-Podes sempre chamar a tua amiga de ontem a noite. – Respondi-lhe com o ar mais sério do mundo. Ele agarrou-me pela cintura, e encostou-me nele, tão perto que conseguia sentir a respiração dele, e ele a minha. Tínhamos a boca tão perto uma da outra, até que esqueci tudo e beijei-o. Apesar de tudo, era o que eu mais queria no mundo, só ele me interessava. Ele encostou-me a ele ainda mais, não dava para tentar resistir, ele tinha me dado provas que não ia desistir.
-Desculpa-me, não vai voltar a acontecer, nunca mais, juro. – Sussurrou-me ao ouvido.
- Sim, desculpo, mas só mais esta vez. Eu não te resisto. – Soltei uma gargalhada.
- Nem tu, nem ninguém – Respondeu ele, a rir-se. Afastei-me dele e olhei muito séria para ele.
- Não era isso que queria dizer, oh, fogo. Não posso evitar, digo estas coisas, tu já sabes como sou. – Disse ele sentando-se na cama.

Sem comentários: