quinta-feira, 31 de julho de 2008

Loving you twice - Capítulo 10

Cheguei à escola com a Vanessa. Eu tinha medo. Tinha medo da reacção do Tom. E agora? Eu não sabia como cumprimentá-lo, como reagir à frente dele. Era tudo novo, era tudo recente e...tudo assustador. Eram sentimentos novos e pensamentos antigos que não me deixavam andar para a frente tão depressa quanto eu realmente queria. Os medos, os mesmos e velhos medos. Eram eles que me faziam temer o futuro, temer o avançar tão rápido que eu podia ter com o Tom.
" Não podes deixar que os medos te consumam ", pensei para mim mesma. Mas é tão fácil falar.
- Que se passa? - perguntou Vanessa, enquanto eu olhava distraídamente para todos os lados, com medo de encontrar Tom, mas vontade ao mesmo tempo.
- Nada - respondi com um sorriso nervoso.
- Achas que ao fim de 12 anos não te conheço o suficiente, Inês Dauzart Stuttgart? - perguntou-me, franzindo a testa.
- Acredito que sim, Vanessa Alexandra Lippert. - afirmei. - Pronto, tipo...eu e o Tom ontem beijámo-nos e...
- O QUÊ? - berrou.
- Acalma-te - disse-lhe, abrindo muito os olhos.
- Que se passou? Como? Onde? Quando?
- Passou-se muita coisa, foi ontem, na parte aberta em cima do escritório da minha mãe e como achas que foi?
- Eu é que sei? Como é que foi? - perguntou entusiasmada.
- Com a boca, estúpida - respondi, sorrindo como uma criança.
- Oh, estou a perguntar se foi bom!
- Eu sei, eu sei...não sou assim tão burra! Foi lindo! Foi perfeito... - disse corando, mordendo o lábio e fitando o horizonte.
- Meu Deus! E vocês que discutiam tanto...miúda, não me faças essa cara de preocupada hoje! Beijaste o rapaz mais bonito da escola! - disse agarrando-me e abanando-me.
- VANESSA! Fazes o favor de me largar? - perguntei entre abanões.
- Oh, meu Deus! Não, diz-me que é mentira! Tu não me contas nada, pá!
- Olha, cala-te. Os gémeos vêm aí.
Os gémeos chegaram à nossa beira. Tom estava atrapalhado como eu. Vanessa e Bill beijaram-se apaixonadamente. Quando quebraram o beijo, quase berrei a Vanessa:
- E eu não te conto nada?!
Vanessa sorriu e mordeu o lábio. Bill ficou atrapalhado e Tom riu.
- Bom, eu e o Bill... - engasgou-se toda.
- Nós não queremos assumir nada sério, mas digamos que nos estamos a dar muito bem - completou Bill com um sorriso, puxando Vanessa contra si. A sua cabeça embateu suavemente no peito de Bill e este afagou-lhe os cabelos.
- Pois eu e o Tom estamos practicamente na mesma situação - disse eu, com um sorriso.
Eu sabia que Tom queria ter algo mais sério, mas ele respeitava-me e mantia a distância que eu havia pedido.
Fitou-me, espantado perante o que eu tinha dito. Olhei para ele e pisquei-lhe o olho.
Pôs a sua mão na minha cintura e puxou-me para ele. Agarrei-me ao seu pescoço e beijámo-nos. Ao quebrarmos o beijo, Tom sorriu, mas ainda com um ar do género: "Que se passou aqui?".
Quando tocou para entrarmos, Tom puxou-me por uma mão. Bill e Vanessa caminharam à nossa frente, com o braço de Bill à volta dos ombros de Vanessa e o braço de Vanessa à volta da cintura de Bill.
- Que se passou? - perguntou Tom, puxando-me para a sua frente, parando de andar.
- Digamos que eu repensei. Isto não quer dizer que eu te dê total confiança e que tenhamos algo sério. Também não é uma curte. É apenas uma amizade colorida...muito colorida - repondi-lhe, rindo.
Tom sorriu, colocou as suas mãos na minha face e beijou-me. Os seus lábios embateram nos meus fortemente, com vontade, com desejo, com paixão.
- Adoro-te, pá! - exclamou.
Pegou-me ao colo ao que eu soltei um grito.
- Tom! Põe-me no chão! - repeti gritando, mas rindo.
Chegámos à sala de aula e pousou-me no chão.

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