sexta-feira, 25 de julho de 2008

Loving you twice - Capítulo 4

Cheguei a minha casa, com a Vanessa. Atirámos as malas para um canto da cozinha. Vanessa cumprimentou a minha mãe e sentou-se num banco alto, ao balcão central da cozinha.
- Então, como foi o primeiro dia de aulas? - perguntou a minha mãe.
- Péssimo! - respondi, revirando os olhos. Tirei um jarro de sumo do frigorífico.
- Porquê? - perguntou a minha mãe, admirada.
Enquanto eu arranjava dois copos para servir o sumo, a Vanessa adiantou-se a mim e respondeu:
- Porque a Inês está toda lixada com um rapaz lá da escola!
- Que rapaz? - perguntou a minha mãe.
- O rapaz mais bonito da escola! - disse Vanessa, com um sorriso, encantada.
- Ele não é nada de especial - comentei, enquanto servia o sumo.
- Como não? Ele é lindo! Tem rastas loiras e castanhas claras, piercing no lábio, é alto, magro...ele é lindo! Mas o irmão dele ainda mais!
- São gémeos, Vanessa - disse, lançando-lhe uma expressão com o olhar tipo: "duh".
- Então vocês andam encantadas com dois gémeos? - perguntou a minha mãe.
- Não, mãe. Eu não tenho nada contra o Bill, o amorzinho da Vanessa. Mas o Tom, a quem ela chama "o rapaz mais bonito da escola", eu odeio-o! Ele é ridículo, convencido, parvo, desrespeitador...
- O que ela está a tentar dizer, é que eles têm uma relação amor-ódio! - disse Vanessa, rindo.
- E se te calasses? Eu odeio o gajo! Ele é estúpido. Eu jamais amaria alguém como ele! - barifustei, lançando-lhe um olhar furioso. A minha mãe riu.
- Bem, vamos fazer alguma coisa útil - resmunguei.
Peguei na mala e no copo de sumo. Dei um gole e subi ao quarto, seguida de Vanessa.
Abri a porta. Logo os meus olhos se depararam com a luz que vinha da janela que estava aberta.
- O meu quarto...quem me dera ter ficado a dormir até tarde hoje! - comentei.
- Podes crer...que saudades das férias...e ainda é o primeiro dia! - exclamou Vanessa.
Peguei na guitarra e sentei-me em cima da cama. Comecei a dedelhar nas cordas.
- Sabes que o Tom também toca guitarra? - perguntou Vanessa com um sorriso trocista.
- E que me interessa? - perguntei com desprezo. - Não quero ouvir mais falar desse gajo. Já tive a minha dose dele por hoje.
- Ui! Ele causa-te tantas sensações novas, não é, Inêzinha? É por isso que estás assustada, não é, mana?
- Deixa de ser parva! As únicas sensações que tenho em relação a ele são ódio e raiva!
- Ódio? Ódio ao rapaz mais bonito da escola?
- Exactamente. E ele nem é tão bonito quanto isso...
- Deixa de ser parva! Estás a dizer isso só porque não te tens dado muito bem com ele ultimamente.
- Não me tenho dado muito bem é favor! O gajo é parvo comigo a torto e a direito! 'Tá-me sempre a provocar e a chatear! Só me apetece chamar-lhe nomes!
- Tom é um nome. Podias começar por chamá-lo Tom em vez de Kaulitz.
- Não é o nome dele?
- Sim, é Tom Kaulitz. Mas Kaulitz é o apelido. Pareces daqueles sargentos da tropa que chama os gajos pelo apelido!
- É isso mesmo. Estou a tentar fazer de sargento para ver se meto aquele menino na linha! Ou pelo menos para que ele pare de me chatear!

Sem comentários: