sábado, 26 de julho de 2008

We are together...Always - Capítulo 12

-Assim como ? - inquiriu, com um tom de voz mais seguro do que gostaria.
- Estás sempre a contradizer-me a responder-me, parece que nem gostas de mim. - Disse muito calmo.
- Não sejas criança, não tem nada a ver com isso - ripostou - Apenas acho que és demasiado utópico. As coisas no mundo real não são um lindo filme como esses que idealizas, sabes? - argumentou com firmeza.
-Achas que sou uma criança? Que não sei como é o mundo? - Interrogou-me já menos calmo. - Se te tenho à minha frente, porque deixar-te ir?
- Acho que sempre tiveste aquilo que quiseste e que isso te fez assim, mais sonhador do que devias. - controlou a voz que começava a sair desafinada. Se ele queria discussão, iria tê-la. - Porque se calhar, eu quero ir, não achas?
-Não te estou a prender nem nada do género,como pensas. - Discussões e mais discussões. - Secalhar és tu quem eu procuro, porquê isto tudo?
- Como é que sabes que sou? - devolveu, concentrando o olhar na parede mais próxima. "Calma Cátia, respira. É apenas mais um casmurro que mais cedo ou mais tarde vai acabar por se contradizer, respira"
-Não sei. - Respondeu calmamente, sabia que estava fazê-la ficar nervosa. - Mas posso saber, se me deixares.
- E como pensas descobrir ? - Tentou controlar a voz que soava desafinada. Bill começava já a lançar investidas que não conseguia tornear, e isso deixava-a mais irritada do que qualquer outra coisa. Odiava ficar sem resposta perante homens. "Preciso urgentemente de argumentos" - pensou, evitando olhar para ele.
-Da maneira mais obvia. - Respondeu, ela estava a ficar sem argumentos e não era a única.
- Desculpa, mas devo estar a perceber mal - revirou os olhos - Que maneira mais óbvia?
-Assim... -Mal acabou de pronunciar aquelas palavras, puxou repentinamente a Cê para si e uniu os seus lábios nos dela, num beijo não totalmente forçado. Por momentos, ela começou a ceder e a deixar-se levar, mas um relâmpago rápido cruzou-lhe o pensamento " Ele vai-se embora". repeliu-o imediatamente. Ele ficou a olhar para ela com os olhos a brilhar. Com a mente enevoada, o único ímpeto que conseguiu reproduzir foi agredi-lo, para o manter afastado de si. Desfechou uma sonora estalada na sua face, mas depressa se arrependeu.
O beijo foi forçado a terminar, olharam-se. Seria aquilo que queriam? O silêncio mantido até então foi interrompido pela Cê. Que pronunciou 3 simples palavras...
Que foi isso? - Tentou esquecer os momentos que tinha acabado de viver e concentrar-se no que lhe tinha pedido - Eu disse-te para não fazeres isso!

Sem comentários: