We are together...Always - Capítulo 8

- Só gostava de saber o que vou vestir quando sairmos daqui - anunciei em voz alta, afastando madeixas molhadas de cabelo da testa.
- Podes não vestir nada - devolveu ele maliciosamente.
-Sim claro Tom, vou nua.E sim, as tua ideias são geniais amor.
-danke.
- Não era nada mal pensado! * começa a brincar com a língua e aproxima-se* - nada mal pensado mesmo!
-Só se...hum... amor, agora não... Estou cansada.E não estou bem. Desculpa.
Olhou atentamente para mim, procurando saber o motivo para a minha indecisão. Após minutos de silêncio, interpelou-me:
- Que se passa?
-Eu não gosto de falar disto... -Baixei a cabeça, fixando o olhar no chão.
- Disto o quê? - inclinou-se para me fitar.
- O meu pai morreu. E muitas vezes sinto a falta dele. Mas como é obvio não te vou chatear com isso. - Senti uma pequena gota de água escorrer no meu rosto. Esta já não era a Cárol. Era a outra rapariga que em momentos destes ocupava o seu lugar. Apesar de tudo eu tenho sentimentos.
- Não chateias. - começou ele. - Não sei como te sentes mas não deve ser nada fácil. A situação mais semelhante que tenho com a tua é a minha avó. - respirou fundo e engoliu em seco - Também sinto a falta dela ás vezes. Quando isso acontece, toco um pouco de guitarra- óbvio que ela não me vai ouvir - soltou riso nervoso - Mas ao menos acalmo-me.Posso ensinar-te, se quiseres - ofereceu-se, esboçado um meio sorriso.
-Gostava muito. Mas Tom... Se precisares de mim algum dia, sabes que eu não sirvo só para sexo. Espero. - Sorri.
- Nem eu pensava uma coisa dessas miúda!
-Ai não?
- Não. Já te tinha dito que eras fixe, não tinha?
-Hum sim. Tom...
- Que foi Cárol? - ergueu a sobrancelha.
-Tenho a certeza que me vou arrepender do que vou dizer. Que tipo de 'fixe' é esse? - Não consegui olhá-lo nos olhos, sim, provavelmente me drogaram, eu não sou assim. Meu deus.
- Simpática, engraçada, gira. - parou por momentos - Chega?
-Não estou a falar disso Tom.
- Então?
-Significo ou não significo? -Fui directa. Rodeios com ele não dá, ele percebe, mas sabe escapar.
- Adivinha. - Sorriu de forma perversa.
-Aposto na segunda. Certo?
- Saberás rapidamente.
-Tom, tu sabes que eu não aguento. Porque me fazes isto?
- Tu é que perdes tempo demais a pensar - aproximou-se mais uma vez e pousou as suas mãos na minha cintura - Não penses, age.
-Tens a certeza que é isso que queres? -Sorri maliciosamente.