sexta-feira, 4 de julho de 2008

Para Sempre Contigo - Capítulo 17

Começámos a correr para dentro do hotel e fomos buscar as chaves. Assim que tínhamos as chaves na mão, já o grupo de fãs estava a tentar entrar no hotel. Os guardas bloqueavam a entrada às fãs e ao mesmo tempo nós corríamos para o elevador. Já lá dentro, sentia-me ainda um pouco insegura. Procurámos os nossos quartos e metemo-nos lá dentro. Fechei a porta e encostei-me a ela. Ainda a tranquei à chave, não fosse uma fã doida entrar por ali a dentro. Suspirei e pus as mãos atrás das costas, encostada à porta. O Tom estava sentado na cama a descalçar os sapatos. Desencostei-me e fui caminhando até chegar à cama. Sentei-me ao lado dele e depois deixei-me cair para trás. Sabia tão bem fazer aquilo, depois de tantas emoções ao mesmo tempo. Ele deitou-se de lado apoiado no braço e pôs uma mão na minha cintura. Beijei-o e tirei-lhe o chapéu. A cena de dois dias depois de o ter conhecido, de algum tempo durante a nossa relação e do dia da despedida repetiu-se. Amava o Tom. Tinha a certeza. E ele a mim.
Acordámos no dia seguinte com o despertador do telemóvel dele, ainda de madrugada. Os nossos momentos nunca eram eternos como desejávamos que fossem.
- Eu tenho de ir para casa... - disse e comecei a chorar porque sabia que não ia ver o Tom durante outro mês e meio.
- E eu tenho de ir ter com a banda para voltármos à digressão...
- Então...é melhor irmos...
- Estamos condenados, de certeza...nunca podemos ficar juntos!
- Também acho...mas vamos fazer os possíveis para ficar juntos...e daqui a um mês e meio estás de volta a casa...
- Sim...depois fico livre da banda durante um tempo...tenho entrevistas, sessões fotográficas, videoclips...mas venho sempre a casa...
- Sim, e aí podemos estar juntos...
Ficámos ali uns minutos e passado mais ou menos uma hora saímos do hotel. O Gustav, o Georg e algumas pessoas que trabalhavam com os Tokio Hotel ficaram à espera do Bill e do Tom. Quando saímos estavam todos a entrar para o autocarro. E as lágrimas vieram-me aos olhos. Ia de novo estar longe do Tom.
- Então...quando te volto a ver? - perguntei eu já mesmo quase a chorar.
- Provavelmente daqui a um mês e meio... - respondeu ele triste.
- Então...até daqui a um mês e meio...
- Eu não quero dizer adeus...
- Diz olá, então... - ele riu-se com o que tinha dito e eu simplesmente fiz um sorriso forçado.
- Ok...então eu entro no autocarro, aceno-te e digo "olá"...e tu dizes-me "olá" também...combinado?
- Sim...
Não parava de chorar. Ele beijou-me e eu simplesmente não me queria separar dele. O barulho da cidade a começar a funcionar deixava de chegar aos meus ouvidos. Não ouvia os poucos carros que já passavam por ali, os autocarros, o pessoal, o Bill, a Mondy ou qualquer outra coisa. Apenas estava num silêncio e ouvia o meu bater do coração e do Tom também. Sem eu dar conta, o Bill separou-se da Mondy e ia entrar no autocarro. Ela chorava imenso. O silêncio rompia-se pouco a pouco até a minha cabeça voltar à Terra.
- Tom... - a voz do Bill fez-me regressar definitivamente á Terra.
O Bill tinha a mão nas costas do Tom. Este virou-se para trás e disse:
- Eu vou... - olhou de novo para mim - eu volto a ver-te...eu volto a casa num instante...prometo que sim!
- Sim...eu acredito...
- Eu amo-te...
- Eu a ti... - beijou-me de novo e entrou no autocarro.
Assim que subiu os dois pequenos degraus virou-se para trás.
- Olá... - disse ele acenando com um sorriso meio forçado.
- Olá... - acenei de volta e soltei um leve riso ainda entre lágrimas.
A porta fechou-se e o autocarro arrancou. A Mondy chegou-se perto de mim e agarrou-me. Depressa a nossa vista já não alcançava o autocarro.
- E nós? - perguntei eu limpando as lágrimas.
- Nós não podemos ficar aqui para sempre! Até porque eles não vão voltar aqui...acho eu!
- Pois é...voltamos para casa?
- Ainda é tão cedo, Nicky! São agora oito da manhã...os nossos pais devem estar a dormir! É fim-de-semana e é tão cedo...
- Tens razão...não vamos acordá-los! Vamos dar uma volta?
- Sim! Vamos até a um parque muito giro que há ali em cima!
- Vamos, então!
Passámos mais ou menos por duas ruas e chegámos a um parque lindo. Via-se imenso verde e tinha lugares para fazer desportos, sítios próprios para andar de bicicleta, de patins e de skate e várias outras coisas. Tinha lá uns bancos e sentámo-nos a conversar.

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