domingo, 13 de julho de 2008

Nos teus braços é o meu lugar - Capítulo 9

Ele foi logo ter com ela, sempre a fazer-se a ela, mexia e remexia no piercing, toda a entrevista mandavam olhares um ao outro. engoli a seco aquilo que aconteceu, quis demonstrar não dar importância, mas talvez tenha mexido comigo, depois do que me fez, qualquer acção já me parece suspeita. O Georg viu-me distante e chamou-me para juntos deles, enquanto o Tom estava entretido. Foi buscar duas cervejas e sentamo-nos os dois, seguiu-se outra rodada e a conversa que o Tom estaria a ter deixou-me inquieta. Pelos vistos todos estariam a reparar no que ele estava a fazer, mas ele nem estava consciente disso. Não quis me importar. O alcool estava-nos a consumir, já não dizíamos lá grande coisa. O Tom juntou-se ao grupo e parece que não achou piada ao meu entretimento com o Georg.
- Aquela rapariga tinha uns olhos muito giros. - Disse o Tom querendo picar-me.
Eu não achei, - disse o Georg - para isso acho os da Catarina mais bonitos, nem tu sabes a sorte que tens.
- Qualquer dia, nem isso tem. Disse eu num tom baixo para ninguém me perceber.
- Pois já que é meu, escusas de babar para cima.
Oh meu deus, ele babava-se para aquela ranhosa e agora acha-se no direito de dizer aquilo?
- Bora masé tocar. Disse o Tom.
-Tem mesmo de ser? Não estou com vontade. Disse o Georg.
- Não sejas cortes, vai lá, que eu também me vou deitar. -Respondi.
Despedi-me do Tom, não queria mostrar mágoa nenhuma, para não criar stress, mas ele encarregou-se disso e senti o desprezo do seu beijo. Despedi-me do resto com dois beijinhos e ao Georg dei um abraço devido ao seu apoio. Olhei para o Tom, e olhar dele congelou-me, parecia que me estava a julgar por qualquer coisa, como se lhe tivesse feito algum mal.
Abracei a Rita e fomos para cima. - Nao ligues, vocês amanhã conversam que hoje precisas de descansar. - Disse ela.
- Poças é difícil, ele atinge-me de uma maneira. Mas nao quero mais falar disto. Até amanhã meu amor, dorme bem.
- Aquilo passa-lhe. Qualquer coisa vem ter comigo. Até amanhã.
Dois beijinhos e cada uma foi para o seu quarto. Já era tarde, senti a porta do quarto abrir, deixei-me ficar imóvel, para nao querer continuar aquela situação. Algumas lágrimas correram pelo meu rosto. Senti a sua respiração profunda e decerto já tinha adormecido. Algumas lágrimas correram pelo meu rosto. Senti a sua respiração profunda e decerto já tinha adormecido. Não consegui ficar mais ali, agarrei na almofada e sai do quarto, sem ele dar por isso. Agora que concretizei o meu sonho de o ter para mim, parece que era preciso mais para isto continuar a funcionar.
Sentia-me adormecer, mas alguns movimentos por perto fizeram-me despertar. Levantei a cabeça e percebi que era o Georg.
- Então rapariga, és fraquinha, apenas umas cervejinhas e já nem sabes onde é a tua cama.
- Nunca ouviste dizer " beber para esquecer "?
- Não sei quem inventou isso, mas tb nao tem muita lógica. Não te culpes por aquilo que acontece, ele não faz de propósito para te magoar. Mas parece que nao gostou de eu ter ficado aqui contigo e resolveu demonstrar isso com ciúmes o que só acontece quando se gosta.
-Pois isso até pode ser verdade, eu tentei não dar valor a situação, nem fiz nada para o chatear, mas ele não foi correcto comigo.
Respondeu-me em silêncio, mas isso bastou, nem ele sabia o que dizer. Secalhar nenhum de nós agiu correctamente mas agora pouco interessa, as coisas já foram feitas e as palavras já foram ditas. Sentou-se no sofá ao meu lado e deixamo-nos adormecer. Acordo cheia de dores e vou ao quarto, à procura do Tom, é dele que quero um abraço de bons dias. Para meu espanto, ele já não está no quarto, procuro nos outros locais e nada dele. Passo a porta do quarto da Ri e ouço o riso dele lá dentro.

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