sexta-feira, 18 de julho de 2008

Nos teus braços é o meu lugar - Capítulo 14

- Bem, não sei por onde começar.
- Diz de uma vez Bill.
- Eu, eu gosto de ti, sabes desde que te vi no aeroporto, tudo em ti me fascinou, nunca antes me tinha sentido assim, és especial, percebi isso desde o primeiro dia, e naquela noite, oh tu és tão especial. Qualquer uma que estivesse comigo numa cama, não ia simplesmente passar-me a mão no cabelo, ia tentar algo mais. Mas isto tudo é para te, é para te, pedir em namoro, queres?
A Rita, estava boquiaberta, não acreditava, simplesmente era o sonho dela e agora estava-se a tornar real.
- Bill, eu gosto de ti, já há imenso tempo, o meu mundo não gira a tua volta, porque simplesmente tu já és o meu mundo, quando era mais nova, passava as noites a olhar para ti, no meu quarto, as paredes eram em ti que estavam inspiradas, acordava e a primeira coisa que fazia era olhar para ti, e imaginar-me assim, contigo, a dizer-me isso, eu amo-te Bill, e claro, claro que quero namorar contigo!
Estavam os dois super corados, limitaram-se a abraçarem-se e a entregarem-se num beijo, num único beijo, demorado. A Rita estava fascinada, simplesmente era isto que ela queria, desde sempre. O Bill, nunca se tinha apaixonado desta maneira. Estavam os dois simplesmente felizes.
- Tom, e que tal irmos ter com eles? – Disse eu, ainda estávamos dentro do carro dele, mas agora já vestidos, ele estava de olhos fechados, ele é mesmo perfeito pensava para mim.
- Sim, é melhor, eles já devem pensar que fugimos.
Saiamos do carro e fomos até a porta do restaurante, não os vimos mas ouvimos uns risos vindos da parte de trás do restaurante, fomos até lá, estavam os dois, a fazer cócegas um ao outro, como duas crianças.
- Hum, hum, meninos? – Disse o Tom.
- Catarina, nem sabes! – Disse a Rita.
- Sei sim, namoras com o Bill não é?
- Como sabes?
Limitei-me a olhar para o Tom e a sorrir, ele olhou para mim e também sorriu. Naquele momento parei, eles continuavam a falar, mas desta vez eu não ouvi um único som, estava apenas concentrada no Tom, como ele olhava para mim, como se ria, cada movimento, de súbito, veio-me a cabeça cada momento com ele, quando eu lhe tentava ensinar palavras portuguesas, quando estávamos chateados, quando estávamos na rua os dois, quando eu chorava por ele, e quando o vi a chorar por mim, quando estava nos braços dele, ou até mesmo quando sentia a respiração dele tão próxima da minha, cada beijo cada toque, ao olhar para ele eu era feliz, agora sim, tenho certezas que o meu lugar é ao lado dele, o meu lugar é nos braços dele.
- Tom, eu amo-te. – Ficaram todos um bocado “a toa”, ele limitou-se a olhar para mim, aproximar-se, beijou-me a testa e disse:
- Tu sabes bem que és o meu mundo.
Sabia tão bem ouvir aquilo, porque simplesmente, era aquilo que eu queria ouvir.
-Nunca me deixes, Tom.
- Não amor, nunca.
- Bem, e irmos para casa não? – Disse o Bill.
-Sim vamos. – Disse a Rii.
Fomos, a Rita e o Bill ia completamente agarrados e aos beijos, eu e o Tom simplesmente estávamos juntos, eu não conseguía desviar o meu olhar do dele. Lembrei-me de quando era pequena, e passava os dias e as noites a ver vídeos dele, e quando uma suspeita de ele ter namorada se levantava, eu passava dias a chorar. Agora sim, estava bem, estava com ele.

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