Só queria não ter ouvido aquilo. - Que faz ele ali dentro? - Pensei para mim.
Pensei 3 vezes antes de fazer alguma coisa. Bati a porta e entrei. Acabaram a conversa e ficaram a olhar para mim. A Rita ia a falar, mas interrompi logo - Ups desculpem lá parece que estraguei aqui alguma coisa. Tom quando tiveres tempo, agradecia-te que viesses ao quarto.
Fechei a porta e não quis saber de mais nada.
Não me consegui controlar. Não sabia o que sentir numa emoção mista, agarrei numa mala de viagem e pus tudo que me veio a mão lá para dentro. Na mesinha de cabeceira a foto nossa que se encontrava lá, mandei com tanta raiva para o chão que acabei por fazer um corte no pé e na mão, mas não quis saber, apenas nao tinha vontade de olhar mais para ele.
- Credo, que é que se passou aqui? Estás bem rapariga? - Perguntou o Bill, entrando no quarto.
- Estou mais que bem, não se vê logo?
- Mas tu pensas que estás a fazer o que? - Perguntou o Tom que com um tom de voz, saindo do quarto da Rita.
- Estou-te a fazer um favor. Já vi que estou a mais na tua vida.
- Bem eu vou-me embora pq isto aqui vai dar que falar. - Disse o Bill.
- Nem penses, tu não vais a lado nenhum. A minha vida é só contigo. Pára com isso, e vamos conversar.
- Conversar? Outra vez? Tu realmente não tens consciência dos teus actos. Podias dar o mínimo de valor aquilo que eu faço por ti.
Permanecemos em silêncio durante alguns segundos.
- Oh deus, porque temos de voltar sempre ao mesmo? - Disse eu
Eu quero ficar contigo. Mas eu nunca tive uma namorada como tu, nem tão grande sentimento, e apenas não sei como lidar com isto.
- E achas que vais saber, dormindo com a minha melhor amiga? Não é preciso nenhum curso para saber que isso não é correcto.
- Mas quem és tu para falar, quando ontem a noite foste dormir para ao pé do Georg, enquanto me deixaste aqui sozinho?
- Eu não dormi com ele! Apenas me foi dar apoio porque o meu querido namorado se lembra de fazer-se a tudo que seja rapariga e esquece-se completamente daquilo que eu posso estar a sentir com as suas atitudes!
- Eu não me fiz e ninguém.
- Oh meu querido, essa já nao pega. Eu vi perfeitamente e nao fui a única. E agora isto? Dormires com a minha amiga? Só me falta dizeres que te enganaste na cama, ou então pensavas que era eu.
- Isso não é bem assim como estás a pensar, eu fui falar com ela sobre ti, por causa disto...
Fiquei parada a olhar para ele, a espera do que podia sair dali.
Ele abre uma gaveta e tira de lá uma caixa com um anel.
- Não te vou pedir em casamento, e muito menos já para ficares minha noiva, isso fica para mais tarde, apenas quero te demonstrar que tb sou capaz de ser o teu namorado perfeito e quero que saibas que te amo como nunca ninguém te irá amar. Eu sei que não percebo nada disto, mas sei sentir que aquilo que sinto é forte e é só contigo que quero ficar.
As lágrimas caiem-me do rosto, mas desta vez por felicidade.
- É lindo meu amor. Mas mesmo assim tens de ter mais consciência daquilo que fazes, não podes pensar só em ti. Eu não me quero voltar a magoar.
Depois daquele gesto, só me restava chegar bem perto dele, tão perto que sentisse o seu coração no meu, e os nossos lábios se cruzassem com o maior desejo do mundo, seguiu-se o abraço que me fez sentir protegida do muno e a conclusão perfeita foi o amo-te sussurrado muito baixinho ao meu ouvido.
- Que corte é esse na tua mão? -pergunta ele, admirado.
- Ah deixa, foi com a fotografia que mandei ao chão.
- És maluca. Vamos é tratar disso e depois vais-me comprar uma moldura nova.
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