Era o Tom! Tinha subido até à varanda e estava lá empoleirado. Como? Mas estava muito fofo e tinha um sorriso muito doce. Fui para a varanda, chocadíssima com a situação e vi como tinha subido. Um pequeno muro onde o meu pai tinha posto uns vasos. Ele pôs lá um pé e estava seguro aos ferros da varanda. Apressei-me a ajudá-lo antes que alguém o visse, ou que ele caísse dali.
- O que é que estás aqui a fazer? - perguntei chocada.
- Vim ter contigo... soube que estavas sozinha até tarde...- ele fez um sorriso muito doce e eu retribui.
- A tua mãe sabes que estás aqui?
- Sabe...bem, não aqui, mas sabe...eu e o Bill estávamos com o Georg e o Gustav no parque a umas 6 casas daqui. Está descansada ela não vem procurar por mim...vem comigo para o parque!
- O quê? Eu não sei se posso correr esse risco! Mas de qualquer maneira explica-me porque estás aqui...
- Vim-te chamar para irmos ao parque... - disse ele um pouco atrapalhado.
- Só isso, Tom? Não me estás a esconder nada?
- Ok...eu digo-te...eu gosto de ti! Pronto já disse...
Não podia ser verdade! O meu coração dividido em dois parecia que caía agora só para o lado do Tom! Ele era tão querido, e gostava de mim! Sentia que tinha de ir mesmo ao parque, correr aquele risco!
- Estás a brincar comigo, não estás? - disse eu olhando para ele desconfiada, ainda fora de mim.
- Não... - neste momento acariciei a sua cara e fiz um sorriso tímido. Eu com os olhos fixados nos dele e ele com os seus olhos fixados nos meus. Frente a frente. Cada vez mais próximos...até ao ponto em que eu sentia a sua respiração e seu coração tão acelarado como o meu. Beijámo-nos. Foi um momento que eu jamais queria esquecer. Eu, na Alemanha, em minha casa, com as minhas mãos nos ombros do Tom, com as suas mãos na minha cintura puxando-me para ele. Não queria que aquele momento tivesse fim, que fosse infinito, eterno, até morrermos. E se morressemos naquele momento, que morressemos assim, juntos e daquela mesma maneira. Mas quando sentia que podia estar apaixonada pelo Tom, de súbito vinha-me a imagem do Bill. E quando pensava se gostava do Bill, vinha-me a imagem do Tom...e entre pensamentos inseguros, aquele longo e doce beijo terminou.
- Vamos ao parque ou ficamos aqui? - perguntou ele com ar atrevido e desviando o olhar para a minha cama.
- Tu és muito atrevido! - ele baixou a cabeça com um sorriso maroto.
- Desculpa...pronto...vamos ao parque...
- Não...quem disse que eu não sou atrevida? - disse eu retribuindo aquele sorriso.
Eu e o Tom beijámo-nos de novo. Cada vez sentia mais a sua respiração. Cada vez tinha mais vontade de o beijar. Cada vez tinha mais vontade de o acariciar. Caímos na cama. Ele em cima de mim, beijando-me e acariciando-me o rosto e deslizando uma das suas mãos pelo meu corpo. Pouco a pouco as coisas ficavam mais quentes e nós ficávamos cada vez mais próximos. Um arrepio percorria-me o corpo. Só conhecia o Tom há dois dias! Mas era tão forte o que eu sentia, e parecia que ele sentia o mesmo...eu queria tanto que aquilo acontecesse que resolvi não parar mais para pensar...se parasse, mais tarde poderia não ter esta oportunidade. Quis viver o momento e aproveitar aquela oportunidade...tirei-lhe a camisola e atirei-a para o chão. Ele sorriu e beijou-me de novo. Não
parávamos de nos beijar. Depois eu em cima dele, ele deitado e eu como que sentada. Tirei a minha t-shirt. Beijei a sua boca, depois deslizei os meus lábios dando beijos suaves no seu pescoço à medida que lhe desapertava as calças. Tirei-lhe os ténis e as calças. Ele fez o mesmo comigo. Passado um pouco já estávamos com o cobertor puxado para trás e apenas um lençol nos cobria. De resto, só a nossa pele. Sentia prazer e não queria parar. Sentíamos a nossa pele quente e algumas gotas de suor. Cada vez mais cansados. Mas não queríamos de todo parar, apesar de sabermos que aquele momento tinha de acabar. Mas queríamos continuar...só mais um pouco...e deixámo-nos levar. Sentíamos um enorme prazer e eu sentia que ele gostava tanto de mim como eu dele. Os seus beijos eram quentes, doces e aquele piercing que ele tinha dava certa graça. Já muito cansados, parámos. Ele deitou-se ao meu lado. Segredou ao meu ouvido "Ich liebe dich". Eu sentia-me a pessoa mais especial do mundo! Sentia-me muito bem...não tinha noção das horas. Olhei para o despertador. Eram apenas onze horas. Estivémos ali durante algum tempo, olhando um para o outro e de vez em quando, um beijo. Ele era o rapaz mais giro e mais querido que eu tinha conhecido. Mas parei para pensar de novo enquanto o olhava nos olhos e ele me acariciava a cara. Talvez me tivesse deixado levar de mais...e ele também...tínhamos apenas 13 anos...éramos tão novos...mas aquilo pareceu tão certo, tão espontâneo, tão verdadeiro...talvez fosse um erro, ou talvez não...mas preferi não pensar mais...
- E agora? - perguntei eu, sem saber o que ele pensava.
- Agora...andamos...se quiseres...mas acho que isto provou que sim... - ele fez um sorriso e eu acenei a cabeça como que dizendo que sim.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
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