Fui ter com ele e agarrei-o pelo colarinho da camisola.
- O que é que estás aqui a fazer?
- Eu...vim...eu...companhia à minha irmã...
- Não sejas parvo! Eu sei que tu não tens irmã!
Olhei para o lado e vi o barman a olhar para mim. Acenou com a cabeça como que a dizer que ali dentro do bar não queria aquelas cenas. Do palco, eles viam a situação. Fiz sinal ao Tom que voltaria e arrastei pelo colarinho o John lá para fora. Encostei-o à parede.
- Não te voltes a meter connosco! Eu não te quero ver ao pé de nós, nunca mais! E especialmente dos gémeos! Tu, John, tu vais parar com estas cenas! Não te voltes a aproximar!
Bati-lhe. Dei-lhe um soco na cara e ele caiu com um pouco de sangue no lábio. Voltei para dentro, enraivecida, nervosa e confesso, a tremer. Detesto ter que bater em algém mas o John merecia e não queria que ele nos voltasse a chatear. A música tinha acabado. Agora era a vez de outra banda jovem. O Tom desceu do palco, tirando a guitarra e apressadamente dirigiu-se a mim.
- O que é que se passou? Só te vi a sair daqui com o John pelos colarinhos!
- Eu...ele queria estragar o vosso concerto! Eu levei-o lá para fora...só lhe dei um soco...acho que isso o vai acalmar por um pouco...
- Tu o quê?
- Não me obrigues a repetir! Detesto bater em alguém! Estou a tremer!
- Oooh, coitadinha! - o Tom agarrou as minhas mãos e depois abraçou-me - mas ele teve o que mereceu! Fizeste bem!
- Mas eu não gosto de... - neste momento avistei o John já em direcção ao Bill. Larguei o Tom de súbito e apressei-me a correr para ele. John puxou o Bill pelo ombro e apontou-lhe o dedo. Depois deu-lhe um soco. Toda a gente do bar estava a olhar para aquela confusão. Antes de eu ter tempo de chegar perto, evitar alguma coisa, ou sequer agir, uma rapariga aproximou-se do John.
- Que nem te passe pela cabeça repetir! - era uma rapariga, aparentemente, da nossa idade, vestia-se como eu e o Bill, e pelos vistos, defendia-o! Deu um soco ao John. Só socos nesta noite! Era o segundo que John levava.
- E tu, quem és? - perguntei eu, sobressaltada mas satisfeita com o seu acto.
- Mondy! Adoro o Bill desde o primeiro espectáculo que vi dos Devilish! Não gozes...e tu quem és?
- Nicky...namorada do Tom! - neste momento tive o pressentimento que o grupo ia passar de Nicky e gémeos Kaulitz, a Nicky, Mondy e gémeos Kaulitz!
- Fixe! - a Mondy disse fixe em português e a seguir corrigiu em alemão.
- És portuguesa? - perguntei eu, com o maior dos entusiasmos em português.
- Sou! Tu também? - ela ficou tão entusiasmada quanto eu.
- Sim! Opá que fixe! - neste momento os gémeos olhavam-nos espantados. Não percebiam nada do que dizíamos.
- Importam-se de traduzir? - o Tom fez uma cara muito engraçada. Perceberam que estávamos a falar português.
- Eu sou a Mondy! - começámos a falar alemão de novo - tenho a vossa idade e sou fã dos Devilish!
- Wow! Que fixe! - o Bill ficou logo entusiasmado com a Mondy. Notava-se à distância que havia química entre os dois!
- Andas em que escola? - perguntei eu, querendo saber mais sobre ela.
- Eu tenho um professor que me dá aulas em casa...tive alguns problemas na minha antiga escola por ser diferente...tenho um estilo como o teu e do Bill...
- Pois! Nós também sofremos com isso! O John é a prova... - disse o Bill, mas antes de baixar a cabeça, pensou duas vezes no que eu lhe podia dizer.
- Mas ele nunca mais se vai meter connosco! - exclamei confiante - a propósito...onde é que ele está?
Quando olhámos em volta, vimos por uma janela, John a ir-se embora.
- Toma lá, que já aprendes-te qualquer coisa hoje! - disse o Tom e em seguida rimo-nos.
Bill pegou na minha mão e agradeceu de novo. Ele era tão querido. Aliás, eram os dois. O Tom e o Bill.
- Bom, voltando ao assunto...onde moras, Mondy?
- Moro ao pé do parque. Sabes aquele parque que tem uns bancos? Nunca costuma estar lá ninguém.
- Sim! Nós passamos lá imenso tempo! - exclamou o Bill, todo contente. Parecia que estava a adorar conhecê-la.
- Meninos, vamos voltar para casa. Já está muito tarde! - a mãe dos gémeos veio-nos chamar para voltarmos para casa. A vontade não era muita, especialmente agora que estávamos a conhecer a Mondy. O Bill parecia pensar que queria ver a Mondy de novo. Resolvi dar uma ajudinha.
- Quando nos podemos ver de novo? - perguntei à Mondy.
- Não sei...podemos combinar um dia para nos encontrarmos no parque...
- Toma, fica com o meu número de telemóvel e depois mandas-me uma mensagem! - dirigi-me ao balcão, peguei num guardanapo e numa caneta que lá estava em cima. Escrevi o meu número no guardanapo e voltei para junto deles. Dei o guardanapo à Mondy - desculpa, não tinha papel à mão...
- Não faz mal - disse ela com um sorriso - eu mando-te uma mensagem depois! Amanhã ou assim...
- Meninos, vamos! - desta vez era a minha mãe. As duas mães olhavam preocupadas os seus relógios e chamavam-nos. O meu pai e o padrasto dos gémeos estavam relaxadamente a conversar sobre música ao pé delas.
- Talvez seja melhor irmos...
- Claro...foi muito fixe conhecer-vos! Encontramo-nos depois então...
sexta-feira, 20 de junho de 2008
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