segunda-feira, 20 de outubro de 2008

We'll always belong to each other - Capitulo 11 [ 2a Temporada ]

Passaram-se três dias, depois de eu ter acordado. Fizeram-me análises, para ver se estava suficientemente bem para ter alta. Os médicos iam-me dizendo que tinha tudo bem na cabeça, que fora uma sorte não ficar com perda de memória ou com algum problema fisico. Eu pensava que isso era muito bom, porque era terrível não me lembrar de tudo de bom que aconteceu entre mim e o Georg. Era terrível. E agora meto-me para aqui a divagar, porque ainda não tenho alta. Penso tanto, mas tanto...Algumas vezes estou sozinha, porque o pessoal precisa de descansar, e agora que já sabem que estou bem, não ficam cá metade do dia. O único que fica mais tempo, claro que é o Georg. Mas contiuando os meus pensamentos...será que se eu ficasse em coma durante anos, o Georg ficaria à minha espera? Não o censurava, caramba. Se fossem anos, coitado, não podia refazer a sua vida porquê? Não se devia prender por uma pessoa que podia nunca mais acordar. Mas pensar nisso dói, dói muito. Saber que o não podia ter quando acordasse...Ai Sónia, porra! Cala-te de uma vez, isso não vai acontecer, tu estás acordada e mais do que acordada.
Observo os presentes que me ofereceram, durante o meu estado de coma e mesmo depois. O ursinho da Catarina, tão querido. Tem um coração nas mãos e diz lá C&S. Tão querida, ela é mesmo um amor. Vejo imensos ramos de flores, do Bill, do Tom e do Gustav. Rosas brancas, como eu gosto, ou então jarros, que também são lindos. Depois vejo uma moldura com uma foto minha e da Diana. Uma das poucas, já que ela detesta tirar fotografias. "Ai, tou sempre tão horrível! Eu não gosto de me ver nas fotografias!" diz sempre ela. Pareçe uma galinha a falar, ahah. Será que ela não percebe que é linda? Enfim...E depois vejo...o que vejo? O meu fio! O fio do Georg, que ele me ofereceu. Caramba, nem me lembrei dele. Agarrei nele logo, tinha de o meter. Uma semana sem o usar? Que horror.
E deito-me na cama, a agarrar o nomezinho que me é muito, a sorrir imenso. Volto a pensar o que seria de mim sem ele. Provavelmente, era daquelas pessoas que não sabem viver, só sabem acordar, trabalhar e dormir. Mas não, eu VIVO a vida, vivo porque o tenho comigo, porque me faz feliz e me dá imensa energia.
- Estás a sorrir tanto porquê? - perguntou a Diana, ao entrar.
- Oh, por nada. Meti-me a pensar no quanto o Georg é importante para mim.
- Porra, pensas sempre na mesma coisa!
- E tu não pensas do Bill?
- Claro que penso.
- Então cala-te. - e começámos a rir. Ah, era tão bom voltar a estar com ela! Naquele tempo em que estive em coma, sentia-me muito só. Estava frio, muito frio. E não tinha ninguém com quem falar. Agora que voltei a falar com eles sinto-me mesmo bem.
- Olha. - começou a Diana. - Sabes que o Georg esteve mesmo preocupado contigo. E não sei se reparaste, ele está magríssimo. Durante uma semana só comeu 3 pães e bebeu muito café para ficar acordado. Dormiu imensas horas sentado ao pé de ti, curvado e deve agora estar cheio de dores. Ele ama-te mesmo, Sónia!
- E onde queres chegar com essa conversa toda?
- A nada. Só achei bem que tu ouvisses isto.
Hm...cá para mim o Georg anda a tramar alguma coisa. E a Diana está a ajudá-lo. Só que ela deve-me estar a preparar para alguma coisa, para me fazer lembrar de tudo. Só espero que não me peça em casamento. Não estou preparada e sou demasiado nova. Que ideia mais estúpida, pensar que ele me vai pedir em casamento, ahah. É estúpida, não é?
- Sónia Cabecinhas. - falou o médico, com um grande sorriso nos lábios.
- Sou eu.
- Acábamos as nossas análises, já tem alta.
Eu sorri imenso, a Diana abraçou-me. - Doutor, isso é mesmo óptimo! - dizia ela, toda contente e a bater palmas.
Eu ri-me com a figura parva dela e depois ela ligou para casa, a contar as novidades e a pedir que trouxessem roupa para mim, porque a da praia já tinha sido levada para casa. Passado pouco tempo, chegou a Catarina e o Tom. Estranhei, porque supostamente o Georg devia querer levar-me para casa.
- Ele...está a tratar de uns assuntos. - explicou a Catarina, piscando-me o olho.
Não respondi, mas sentia-me intrigada. Fui à casa de banho vestir-me, e depois lá fomos no carro, com o Tom a conduzir e ao som da Leb Die Sekunde. Dentro do carro eram risos, só das raparigas, enquanto o Tom abanava a cabeça a pensar "estas tem mesmo pancada", eheh.
Chegámos a casa. E o que é que eu vi?

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