Quando eu acordei, ainda era muito cedo. Deviam ser umas...7 da manhã? Pois, era muito cedo. Mas por mais que quisesse dar voltas e mais voltas não conseguia voltar a adormecer. E decidi levantar-me, amuada. Mas antes de me levantar, ainda dei mais uma volta para admirar o Georg. Caramba, o dia hoje corre mesmo bem. Estava virado, não o conseguia ver. Levantei-me amuada, e fui-me sentar no chão, para admirá-lo. Estava tão cómico...boca aberta, a ressonar...não pude de me rir um bocadinho, mas não muito para não o acordar. Dei-lhe um beijo na testa e fui me vestir. Queria ir à praia, que não era muito longe da casa. Vesti o meu biquini azul, uns calções de ganga e desci as escadas.
Primeiro, ia comer qualquer coisa. Quando cheguei à cozinha estava a minha mana, a minha Joana, com aquela cara de sono tão característica dela. E mesmo a falar se notava o humor matinal dela, ahah.
- Bom-dia maninha. - disse eu, a sorrir.
- Bom-dia. - respondeu ela, sem um sorriso nem nada.
- Esse humor parte-me toda. - disse, com o olhar sério dela. - Não, tu não me assustas! Mudando de assunto...queres vir à praia comigo?
- Claro que quero. Já estou vestida a tudo, também queria ir. - e sorriu para mim, mais alegre.
Foi buscar as coisas dela e depois fomos as duas, de mãos dadas. Começámos a falar de como era fantástico estar ali, juntas. Como não éramos da mesma cidade, era difícil estarmos juntas. Porém, íamos estar dois meses uma com a outra, para aproveitarmos o tempo que não estivemos juntas. E continuámos a falar, pela estrada ainda deserta, até chegarmos à praia. E lá estava ela. Sentia o cheiro do mar salgado, que tanto me agradava, e descalçei-me. Não estava ninguém na praia, portanto podíamos correr à vontade sem ter a preocupação de mandar areia a alguém. E eu? Oh, eu não queria saber de mais nada. Deixei as minhas coisas na areia, despi-me e entrei no mar. Estava gelada, mas não queria saber. Nadei, nadei, nadei...Não me importava com nada! E como era bom estar ali, a sentir a água a precorrer-me o corpo, a abraçar-me tal qual como eu a abraçava.
A Joana veio ter comigo, tentou apanhar-me. Párei de nadar, para ela me apanhar. Olhámos uma para a outra e começámos a rir. Éramos como irmãs verdadeiras, tínhamos coisas em comum, interesses, quase tudo. Só havia algumas coisas que eram o contrário, como ela acordar de mau humor e eu não, só de vez em quando, ahah. Mas não interessava.
Saímos da água e fomos para a toalha, apanhar banhos de Sol, que ainda era meigo e pouco forte.
- Então, como é que vão as coisas com o Gustav? - perguntei eu, a piscar-lhe o olho.
- Oh, vão bem. Falamos tanto, mas tanto. Ele de facto, é uma optima companhia. Nunca me farto de conversar com ele, e ele também não. É sempre ele que começa as conversas, e eu continuo, contente. Ele é mesmo querido.
- Pois é. Tem sido um grande amigo...Coitado, por causa dele os ciúmes do Georg subiram ao de cima, mas ficou tudo bem. O amor suporta tudo, eheh. - e como ela estava confusa com a história, contei-lhe tudo o que tinha acontecido, e ela ficou admirada.
- Fogo, que mau! Mas o que interessa é que já está tudo bem.
- Pois, ainda bem...- e sorri para ela.
Não sei o que me deu, se foi maluquice se foi mesmo desejo, mas apeteceu-me subir para as rochas cheias de caranguejos, para ver o mar de cima, que eu tanto gostava. O que eu adorava mesmo era à tarde, quando as ondas batiam fortes nas rochas e me molhavam toda, mas não importava. Começei a subir, sempre atenta a caranguejos, que me metiam medo. A Joana observava-me da água, tinha entrado outra vez. Só dizia cuidado, cuidado...E eu não ligava, que mal me podia acontecer? OH MEU DEUS, pareçeu-me ver um caranguejo. Desiliquilbrei-me e...
- SÓÓÓNIA! - gritou alguém, mas eu já estava muito longe para saber quem era.
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