Não há quem não tenha uma opinião sobre a nova tribo urbana. Com a ascensão de bandas como os My Chemical Romance e os Tokio Hotel , as grandes cidades - e não só - viram crescer, entre os mais novos, a moda das unhas pintadas de negro e das franjas assimétricas.
A BLITZ falou com adolescentes do Norte ao Sul do país e concluiu: ninguém reconhece ser emo, mas que os há, há.
É um acrescento relativamente recente à paisagem sobretudo urbana - grupos de rapazes e raparigas, frequentes vezes nos primeiros passos da adolescência, vestidos de preto e com forte maquilhagem, também escura.
Góticos? Não, emos, uma designação que deriva da expressão "emotional hardcore" e que serve para descrever os fãs mais afoitos de bandas como My Chemical Romance, 30 Seconds To Mars ou Tokio Hotel. Além da forte componente visual, tão próxima de uma segunda vaga gótica como das personagens da banda desenhada japonesa "manga", os emos são conhecidos pela suposta tendência para estados de mente menos positivos.
Nalguns círculos mais militantes, ser emo rima com atracção pelo suicídio e pela auto-mutilação - uma forma de fazer acompanhar a dor psicológica, já existente, de dor física.
Nos últimos meses, os emos têm estado na ordem do dia, pelas razões mais inesperadas. Recentemente, o Correio da Manhã noticiou a fuga de casa de duas adolescentes de Leiria, alegadamente "enfeitiçadas pelo emo".
No ano passado, o suicídio de uma jovem inglesa de 13 anos, grande fã de My Chemical Romance, veio reacender o debate sobre a importância da música no comportamento dos jovens. E, em Portugal, cada concerto de Tokio Hotel rende invariavelmente coloridas manchetes, graças ao apego das admiradoras - são, sobretudo, raparigas - à banda alemã.
O folclore das excursões e dos acampamentos à porta dos recintos, onde muitas chegam a pernoitar vários dias, transportou o fenómeno emo para as televisões e media generalistas. Muitos fãs dizem-se vítimas de preconceitos e juízos de valor sem fundamento, graças ao aumento de cobertura mediática.
A BLITZ foi falar com admiradores de algumas das bandas mais badaladas do movimento sobre aquilo que os atrai na música e na estética emo. "Sentimo-nos bem na nossa própria pele" foi a resposta mais escutada.
Leia o artigo completo na BLITZ de Março, já nas bancas.
Texto: Lia Pereira
Foto: Rita Carmo/Espanta Espíritos
traduzido por / translated by: aniinhas - THF Portugal
fonte /source: blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/412
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário